A Bienal Mineira do Livro é um dos eventos literários mais importantes de Minas Gerais e, a cada edição, reafirma seu compromisso com o incentivo à leitura, à cultura e à formação de novos leitores. Realizada em Belo Horizonte, a Bienal reúne autores, editoras, leitores, professores, estudantes e artistas em uma grande celebração da palavra escrita e falada.
Depois das polêmicas da última edição da Bienal Mineira do Livro, em 2025 percebi que a organização se atentou a algumas críticas e tentou, sim, melhorar. E como boa mineira e belo-horizontina que sou, senti que era minha obrigação prestigiar o evento aqui na minha cidade — já que, normalmente, viajo para outros estados pra curtir bienais por lá.
📍 Localização mais democrática (finalmente!)
Dessa vez, o evento aconteceu no Center Minas Expo, ao lado do Minas Shopping. Um acerto! Isso porque temos acesso fácil ao metrô e às estações de ônibus do MOVE. Bem melhor do que a edição anterior no BH Shopping, que era linda, mas elitizada demais e de difícil acesso para quem vem de longe ou depende de transporte público.
Mesmo utilizando apenas o quarto andar do Center Minas, os organizadores souberam distribuir bem os estandes. Tinha bebedouro com água acessível, banheiros sinalizados e uma praça de alimentação funcional. Nada muito elaborado, mas prático e organizado.
🧱 Estandes… sem graça e sem investimento
Se teve um ponto fraco que me incomodou, foi o visual dos estandes. Poucas editoras grandes marcaram presença — de destaque mesmo, só vi a Record e o estande da Leitura, que era o mais bonitinho (e olha que nem era grandes coisas).
Sinceramente? Todos os outros estandes pareciam barraquinhas improvisadas de feira. Não tirei foto de nada porque não tinha o que registrar. Faltou investimento, criatividade e, vamos ser honestos, um mínimo de capricho visual.
👶 Muito conteúdo infantil, pouca coisa pra adultos
A maioria dos estandes estava voltada pro público infantil e infantojuvenil. Acho ótimo para as crianças e escolas que visitaram o evento — sério, elas vão aproveitar bastante! Mas como leitora adulta, encontrei pouquíssimas opções. E isso me desanimou.
💸 Cadê as promoções?
Outro ponto que já virou padrão nas bienais: promoção que não é promoção de verdade. A clássica “leve 2 por R$50” com livros velhos ou pouco conhecidos estava presente em alguns estandes, mas quase tudo parecia sebo — e dos bagunçados. Teve só um estande com lombadas organizadas, o que facilitava um pouco. No geral, tinha que garimpar muito. E nem sempre valia a pena.
📝 Programação? Não acompanhei, mas...
Fui apenas no sábado, dia 03/05, então não consegui acompanhar a programação. Vi que estavam presentes autores independentes e poucos nomes mais conhecidos. Eu queria muito ter visto a Conceição Evaristo, mas as senhas já tinham acabado e acabei indo embora cedo.
Nos grupos de influenciadores, vi gente comentando que durante a semana o evento estava um caos por causa das visitas escolares. Então, se você busca um pouco de paz, melhor tentar ir no sábado ou no domingo na próxima edição.
💭 Conclusão: ainda falta muito, mas torço pra melhorar
Mesmo com todos esses defeitos, torço de coração para que a próxima Bienal Mineira receba mais apoio do estado, do município e das editoras. Porque a gente merece mais. Os leitores mineiros têm sede de leitura, cultura, e merecem um evento à altura disso.
📍 Que em 2026 a gente volte a falar da Bienal com mais empolgação — e menos frustração.
💬 E você, foi à Bienal? Concorda comigo? Vamos conversar nos comentários!