As partes boas (porque sim, elas existem! 😂)
Ir para a Bienal do Rio vale super a pena, principalmente porque o evento é bem maior que o de São Paulo. Além disso, a beleza de algumas partes do Rio compensa a viagem. Este ano, tive a sorte de ir com três amigas apaixonadas por livros: Claudia, Luísa e Rayane. Se aventurar com elas até a Barra da Tijuca tornou tudo mais especial. Já fui à Bienal sozinha, e posso afirmar: ir acompanhada faz diferença. Conversar sobre os livros, ponderar as compras, surtar juntas e dividir a empolgação foi uma delícia. Obrigada, meninas! 💕
Compras: poucos livros, mas escolhidos com carinho
Comprei sete livros na Bienal — farei um post separado só com eles. Escolhi com mais cautela porque meu orçamento estava apertado e, sinceramente, não achei tantas promoções assim. Vamos falar disso:
Promoções 📉
As editoras Alt e Record estavam com as melhores ofertas. Todos os livros da Alt estavam por R$30, e no último fim de semana a Record baixou os preços de alguns títulos. Fora isso, a maioria das editoras estava vendendo por valores iguais ou até mais altos do que os da Amazon. Os estandes que anunciavam livros por R$15, como o da “Promo Livro”, até tinham algumas opções boas, mas era preciso garimpar — e chegar cedo, especialmente no primeiro final de semana.
Atrações: boas ideias, execução mais ou menos 🤔
Tivemos atrações como Escape Room, Roda-Gigante e Labirinto Temático. Ideias criativas, mas nem todas funcionaram tão bem na prática. Queria participar do Escape Room, mas como não li a obra-tema, achei melhor não. A Roda-Gigante foi o maior perrengue: esperei 40 minutos na fila, mesmo com o ingresso agendado. O labirinto foi divertido, mas nada de outro mundo.
Encontros com autores ✍️
Vários autores nacionais e internacionais marcaram presença, o que foi incrível! Mas os agendamentos eram limitados, e muitas sessões esgotaram rapidamente. Isso poderia ser melhor divulgado nas redes oficiais. Felizmente, consegui participar de um bate-papo na Casa Darkside e ainda garanti o autógrafo da Kate Alice Marshall no livro O Que Está Lá Fora. Foi um encontro super legal, e ganhei vários brindes da Caveirinha — aliás, o stand da Darkside foi o melhor e, claro, o mais lotado da Bienal.
Organização interna: caos, sinalização e água no fio 💧
A sinalização dentro da Bienal deixou a desejar. Tinha alguns painéis informativos espalhados, e o aplicativo oficial ajudava um pouco — mas nada muito intuitivo. Era fácil se perder, principalmente no meio da multidão. Falando em multidão...
Os bebedouros tinham filas gigantes. Em um deles, a água saía num fiozinho fininho, e ainda tinha gente enchendo garrafas de 2L (mesmo não sendo permitido), o que atrasava tudo. A praça de alimentação era organizada, mas tinha mais gente do que cadeiras. A estrutura tentava acompanhar o público — mas claramente não deu conta.
Foram divulgadas várias restrição sobre os lanches que poderia levar e sobre o tamanho da garrafa d'água, porém não houve fiscalização na entrada no evento, me senti uma trouxa por ser seguido as regras.
Reflexões: Bienal é amor, mas também é caos 😮💨
O que vivi na Bienal Rio 2025 foi surreal. No ano passado, achei a Bienal SP lotada, mas a do Rio conseguiu superar. Lá tem dois pavilhões, é verdade — mas ainda assim o evento foi muito, muito cheio. Ir à Bienal não é como passear numa livraria e curtir calmamente cada sinopse. Dentro dos estandes, principalmente os mais populares, o caos reina. É empurra-empurra, filas intermináveis, calor, barulho…
E, por mais bonito que seja ver tanta gente reunida por causa dos livros — adolescentes, jovens, adultos, crianças, idosos — eu não consigo deixar de me perguntar: será que todos estão indo pelo amor à literatura ou pelo hype? 😕
Algumas recomendações sinceronas de quem já viveu o perrengue:
📍 Vá após às 18h: pode parecer que você vai perder alguma coisa, mas para compras esse horário é mais tranquilo.
🥪 Leve lanches práticos: a comida na Bienal é caríssima.
👀 Cuide dos seus pertences: o risco de furto existe, principalmente no meio da muvuca.
🚫 Evite malas: em dias cheios, elas atrapalham demais. Vi várias caídas no chão e ninguém conseguia abaixar para pegar.
👶 Atenção aos carrinhos de bebê: muitos pais levam bebês muito pequenos, e na multidão os carrinhos se tornam obstáculos.
🚶♀️ Se possível, alugue um Airbnb perto do Riocentro: pedir Uber na saída é caro e demorado. Eu fui a pé todos os dias — nosso apê ficava a 10 minutos do evento.
🧺 Leve um lençol ou canga: se quiser sentar na grama para descansar ou fazer um piquenique. As mesas estavam sempre ocupadas.
E agora?
Não sei quem é o responsável pela Bienal, mas será que vale a pena vender tantos ingressos assim e comprometer a experiência do leitor? É preciso pensar se o foco está no lucro ou no amor à leitura.
Não é um adeus. Mas, de agora em diante, só volto à Bienal se conseguir férias que coincidam com o evento (o que é quase impossível), ou se alguma autora que amo muito vier — tipo a Sara J. Maas (sonhar não custa, né?). Já sou uma jovem idosa de 29 anos e quero curtir o evento com mais calma, coisa que só dá pra fazer mesmo durante a semana.
No fim das contas, a Bienal do Livro continua sendo um dos eventos mais emocionantes para quem ama ler. Mas ela precisa equilibrar melhor o “evento de massa” com o “evento do leitor”. Porque a gente vai por amor — mas não quer sair de lá só com cansaço e bolhas nos pés. 🥲💔