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Lídia Maria
Mineira, mãe de pet e bibliotecária. Comecei o blog em 2017 com o objetivo de compartilhar relatos sobre minhas leituras, filmes, séries e experiências da vida.

Gosto de ler romance e fantasia, mas geralmente experimento de tudo um pouco para sair da zona de conforto. No tempo livre, faço bolos e adoro dormir. Seja bem-vindo(a) aos meus relatos! ❤
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Bienal do Livro Rio 2025 – entre surtos, filas e muito amor por livros 💖📚



A Bienal do Livro sempre foi e sempre será, para mim, o melhor evento literário do Brasil. Desde 2017 me empenho ao máximo para comparecer às edições, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro. Acredito no poder que esse evento tem de unir leitores de todos os cantos do país em um só lugar, celebrando a diversidade literária, incentivando o hábito da leitura e promovendo conexões reais — seja entre livros, experiências ou novas amizades.

As partes boas (porque sim, elas existem! 😂)

Ir para a Bienal do Rio vale super a pena, principalmente porque o evento é bem maior que o de São Paulo. Além disso, a beleza de algumas partes do Rio compensa a viagem. Este ano, tive a sorte de ir com três amigas apaixonadas por livros: Claudia, Luísa e Rayane. Se aventurar com elas até a Barra da Tijuca tornou tudo mais especial. Já fui à Bienal sozinha, e posso afirmar: ir acompanhada faz diferença. Conversar sobre os livros, ponderar as compras, surtar juntas e dividir a empolgação foi uma delícia. Obrigada, meninas! 💕

Compras: poucos livros, mas escolhidos com carinho

Comprei sete livros na Bienal — farei um post separado só com eles. Escolhi com mais cautela porque meu orçamento estava apertado e, sinceramente, não achei tantas promoções assim. Vamos falar disso:

Promoções 📉

As editoras Alt e Record estavam com as melhores ofertas. Todos os livros da Alt estavam por R$30, e no último fim de semana a Record baixou os preços de alguns títulos. Fora isso, a maioria das editoras estava vendendo por valores iguais ou até mais altos do que os da Amazon. Os estandes que anunciavam livros por R$15, como o da “Promo Livro”, até tinham algumas opções boas, mas era preciso garimpar — e chegar cedo, especialmente no primeiro final de semana.

Atrações: boas ideias, execução mais ou menos 🤔

Tivemos atrações como Escape Room, Roda-Gigante e Labirinto Temático. Ideias criativas, mas nem todas funcionaram tão bem na prática. Queria participar do Escape Room, mas como não li a obra-tema, achei melhor não. A Roda-Gigante foi o maior perrengue: esperei 40 minutos na fila, mesmo com o ingresso agendado. O labirinto foi divertido, mas nada de outro mundo.



Encontros com autores ✍️

Vários autores nacionais e internacionais marcaram presença, o que foi incrível! Mas os agendamentos eram limitados, e muitas sessões esgotaram rapidamente. Isso poderia ser melhor divulgado nas redes oficiais. Felizmente, consegui participar de um bate-papo na Casa Darkside e ainda garanti o autógrafo da Kate Alice Marshall no livro O Que Está Lá Fora. Foi um encontro super legal, e ganhei vários brindes da Caveirinha — aliás, o stand da Darkside foi o melhor e, claro, o mais lotado da Bienal.

Organização interna: caos, sinalização e água no fio 💧

A sinalização dentro da Bienal deixou a desejar. Tinha alguns painéis informativos espalhados, e o aplicativo oficial ajudava um pouco — mas nada muito intuitivo. Era fácil se perder, principalmente no meio da multidão. Falando em multidão...

Os bebedouros tinham filas gigantes. Em um deles, a água saía num fiozinho fininho, e ainda tinha gente enchendo garrafas de 2L (mesmo não sendo permitido), o que atrasava tudo. A praça de alimentação era organizada, mas tinha mais gente do que cadeiras. A estrutura tentava acompanhar o público — mas claramente não deu conta.

Foram divulgadas várias restrição sobre os lanches que poderia levar e sobre o tamanho da garrafa d'água, porém não houve fiscalização na entrada no evento, me senti uma trouxa por ser seguido as regras. 

Reflexões: Bienal é amor, mas também é caos 😮‍💨

O que vivi na Bienal Rio 2025 foi surreal. No ano passado, achei a Bienal SP lotada, mas a do Rio conseguiu superar. Lá tem dois pavilhões, é verdade — mas ainda assim o evento foi muito, muito cheio. Ir à Bienal não é como passear numa livraria e curtir calmamente cada sinopse. Dentro dos estandes, principalmente os mais populares, o caos reina. É empurra-empurra, filas intermináveis, calor, barulho…

E, por mais bonito que seja ver tanta gente reunida por causa dos livros — adolescentes, jovens, adultos, crianças, idosos — eu não consigo deixar de me perguntar: será que todos estão indo pelo amor à literatura ou pelo hype? 😕

Algumas recomendações sinceronas de quem já viveu o perrengue:

📍 Vá após às 18h: pode parecer que você vai perder alguma coisa, mas para compras esse horário é mais tranquilo.

🥪 Leve lanches práticos: a comida na Bienal é caríssima.

👀 Cuide dos seus pertences: o risco de furto existe, principalmente no meio da muvuca.

🚫 Evite malas: em dias cheios, elas atrapalham demais. Vi várias caídas no chão e ninguém conseguia abaixar para pegar.

👶 Atenção aos carrinhos de bebê: muitos pais levam bebês muito pequenos, e na multidão os carrinhos se tornam obstáculos.

🚶‍♀️ Se possível, alugue um Airbnb perto do Riocentro: pedir Uber na saída é caro e demorado. Eu fui a pé todos os dias — nosso apê ficava a 10 minutos do evento.

🧺 Leve um lençol ou canga: se quiser sentar na grama para descansar ou fazer um piquenique. As mesas estavam sempre ocupadas.

E agora?

Não sei quem é o responsável pela Bienal, mas será que vale a pena vender tantos ingressos assim e comprometer a experiência do leitor? É preciso pensar se o foco está no lucro ou no amor à leitura.

Não é um adeus. Mas, de agora em diante, só volto à Bienal se conseguir férias que coincidam com o evento (o que é quase impossível), ou se alguma autora que amo muito vier — tipo a Sara J. Maas (sonhar não custa, né?). Já sou uma jovem idosa de 29 anos e quero curtir o evento com mais calma, coisa que só dá pra fazer mesmo durante a semana.

No fim das contas, a Bienal do Livro continua sendo um dos eventos mais emocionantes para quem ama ler. Mas ela precisa equilibrar melhor o “evento de massa” com o “evento do leitor”. Porque a gente vai por amor — mas não quer sair de lá só com cansaço e bolhas nos pés. 🥲💔