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MCFADDEN, Freida. O namorado. 1. ed. Rio de Janeiro: Record, 2025.
Depois de alguns meses sem ler, aqui estou eu escrevendo a resenha do livro O Namorado, da autora Freida McFadden — uma leitura que aconteceu totalmente por acaso, no meio da minha rotina de CLT.
Além do hiato literário, essa leitura foi especial por outro motivo: comprei o livro na Livraria Leitura (sim, eu sei, os preços lá costumam ser mais altos 😅). Eu nem entrei na livraria com a intenção de comprar um livro da Freida — estava em busca de Dias Perfeitos, do Rafael Montes, ou algo do Stephen King. Mas a capa e o título de O Namorado me chamaram tanta atenção que, considerando o contexto do meu dia anterior, parecia que o universo estava me dizendo para ler aquela história. Dito e feito: li em uma semana e, agora, aqui estou, em pleno domingo à noite, animadíssima para escrever sobre ela.
Faz um tempo que venho preferindo ler suspense e terror. Já me saturei de romances e fantasias, então, quando decidi ler Freida pela primeira vez, sabia que estava fazendo uma boa escolha. Para quem não acompanha o mundo literário, a autora é superconhecida — principalmente por A Empregada. Mas, como eu sempre faço o caminho contrário, resolvi começar pelas obras menos hypadas antes de chegar nas mais comentadas.
E olha, que prazer foi escrever essa resenha! Principalmente aqui, no meu quarto, na minha mesa, no computador... quem passa o dia inteiro fora de casa vai me entender perfeitamente.
🩸 Sobre o livro
O livro tem 363 páginas e se passa em Nova York, trazendo um tema muito atual: o uso de aplicativos de relacionamento Cynch para conhecer pessoas novas. Nossa protagonista, Sydney, é uma contadora de 34 anos que mora sozinha, terminou um relacionamento com um ex-policial e vive sob a pressão da mãe, que não vê a hora de ganhar netos. Após perder sua melhor amiga, Sydney decide tentar seguir em frente e inesperadamente ela reencontra Tom — um médico legista aparentemente perfeito, que pode ser “o cara certo”.
Desde o início, a Freida já entrega ao leitor que Tom não presta. A narrativa alterna entre o presente e o passado de Tom, revelando pouco a pouco suas intenções. O passado de Tom também esconde segredos: durante seus anos escolares, várias estudantes começaram a ser encontradas mortas, e a polícia está determinada a descobrir quem está por trás desses crimes horríveis.
🔪 O que achei
Em nenhum momento achei o livro cansativo — o que, pra mim, é um ótimo sinal, já que ando com pouca paciência para histórias que não me prendem. Mesmo desconfiando do serial killer desde cedo, fiquei envolvida até o fim tentando entender o que realmente estava acontecendo com Tom e quem era o verdadeiro culpado.
Sydney é uma protagonista meio “songamonga”, mas curiosamente isso não me incomodou. Ela comete erros, sim, mas não é insuportável. O que mais gostei foi o alerta que o livro traz sobre os perigos dos aplicativos de relacionamento. Logo nos primeiros capítulos, Sydney tem um encontro péssimo com um homem abusivo, e a autora não romantiza essa situação — embora, sinceramente, eu ache que o desfecho desse problema poderia ter sido mais realista. Foi por isso que tirei meia estrela na avaliação.
E o plot twist? Sensacional! Eu suspeitei de vários personagens, mas nunca imaginei que o verdadeiro culpado fosse quem era. A Freida conseguiu me enganar direitinho — e isso é tudo o que eu quero em um bom suspense.
🌒 Conclusão
O Namorado é uma leitura envolvente, rápida e com uma reviravolta muito bem construída. Recomendo para quem quer começar no gênero suspense ou procura uma história atual, com temas relevantes e aquele toque de tensão que só a Freida sabe entregar.
⭐ Nota: 4,5/5
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